quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Cont."Arraial da Gente"

“Canta, canta passarinho
Dobra, dobra sabiá
Quando canta no verão
É porqué é tempo di pranta”
(Querumana-versos de fandango)

Quem perdeu a tranquilidade e anda descrente de valores como honestidade, solidariedade e simplicidade, ainda não conheceu Ribeirão Grande.

Com economia a base agrícola e uma população de 7.300 almas, tem pobreza, mas não tem criança na rua ou velho abandonados.

O número de idosos é consideravél, com muitos velhos já passados dos 70 anos, ainda rijos e firmes em suas atividades. No grupo de fandango, dança emblemática da região que, com seu sapateado exige grandes esforços de seus participantes, vários deles fazem questão de exibir suas resistências.


Criminalidades é ainda um assunto especial, não rotineiro. A população continua receptiva e hospitaleira, com dois dedos de prosa, sempre bem humorada e galhofeira, o recém conhecido já é introduzido nas casas, recebido como amigo.

Houve um tempo embalados nas memórias de “Tia Gertrudes”, Zé Tomás e Dito Inês, festivas musicas e dançantes, repletas de benditos, recomendas de almas, romances, querumanas e outras modas. Retido na memória sizuda de Paulino Amantino, mas que não escondia o tipo galhofeiro que foi, aprontando com a companherada todas as peripécias durante o cortejos em que a comunidade seguia, em lombo de animais, para Capão Bonito, onde se davam as cerimônias oficiais dos casamentos civis e religiosos.

Fonte Revista "Arraial da Gente" publicada em 2001

Agradeço a Helinton "lelo" pelo empréstimo da revista.

Nenhum comentário: