“Canta, canta passarinho
Dobra, dobra sabiá
Quando canta no verão
É porqué é tempo di pranta”
(Querumana-versos de fandango)
Quem perdeu a tranquilidade e anda descrente de valores como honestidade, solidariedade e simplicidade, ainda não conheceu Ribeirão Grande.
Com economia a base agrícola e uma população de 7.300 almas, tem pobreza, mas não tem criança na rua ou velho abandonados.
O número de idosos é consideravél, com muitos velhos já passados dos 70 anos, ainda rijos e firmes em suas atividades. No grupo de fandango, dança emblemática da região que, com seu sapateado exige grandes esforços de seus participantes, vários deles fazem questão de exibir suas resistências.
Criminalidades é ainda um assunto especial, não rotineiro. A população continua receptiva e hospitaleira, com dois dedos de prosa, sempre bem humorada e galhofeira, o recém conhecido já é introduzido nas casas, recebido como amigo.
Houve um tempo embalados nas memórias de “Tia Gertrudes”, Zé Tomás e Dito Inês, festivas musicas e dançantes, repletas de benditos, recomendas de almas, romances, querumanas e outras modas. Retido na memória sizuda de Paulino Amantino, mas que não escondia o tipo galhofeiro que foi, aprontando com a companherada todas as peripécias durante o cortejos em que a comunidade seguia, em lombo de animais, para Capão Bonito, onde se davam as cerimônias oficiais dos casamentos civis e religiosos.
Fonte Revista "Arraial da Gente" publicada em 2001
Agradeço a Helinton "lelo" pelo empréstimo da revista.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Cont."Arraial da Gente"
Mastros de Santo são decorados com milho seco e pétala de flores, e erguidos sobre ovos de galinha para sinalizar um por vir abundante de alimentos. Deu meia noite, hora de correr para o Ribeirão e, com as mãos em concha, retirar o pouco da água e jogá-la no rosto. Homens e mulheres se enlaçam sorridentes nas quadrilhas, comemorando a união fecunda dos noivos: é o ritual do casamento. Da e fertilidade da terra á das paixões, assim se completa o ciclo joanino.
“Essa é a “gente” de Ribeirão Grande, com suas crenças, valores espirituais e materiais, e suas próprias expressões. Sesc Santo Amaro-jun 2001
Foto Virginia Costa
Folclore
“ È bão, o folclore é prá ficá a vida toda, porque os velhos um dia acaba e daí as criança continua a tarefa. A arte do folclore não pára e, se é reconhecida pelo povo vive pra sempre.”
Comentário feito pelo seu Edwirges-”Duvijão”-Em 2001 aos 72 anos
Cont. Arraial da Gente
Caminhando por Ribeirão, do interior de algumas casa ainda sente-se o aroma dos famosos biscoitos de polvilho, assado sobre folhas de bananeira. Ano após anos, durante os cerimoniais da semana santa, as senhoras mais idosas repetem o ritual de “acender seus fornos”.Já no final do dia, com o rosto rosado pelo calor das brasas, deixam suas casas carregando velas, terços ou simplesmente a força da própria fé para acompanhar o cortejo da Virgem Maria ao encontro do filho , entoando ladainhas. Aquelas que não seguem o trajeto miram os andores que passam pela rua e, num sinal de respeito, voltam-se aos seus próprios oratórios para intensificar pedidos e agradecimentos.
Foto digitalizada da revista "Arraial da Gente"
Os biscoitos acompanham a fé popular e também marcam presença nas saudações a São João, Santo Antonio e São Pedro.
No manuseio das farinhas de milho e polvilho, ao som encorpado de sanfonas e violas fandangueiras, danças sapateadas e de roda circundam fornos cheirosos de barro ardente como um anúncio dos festejos juninos. É época de brincar, acender fogueiras para espantar os maus espíritos e fazer simpatias.
Foto digitalizada da revista "Arraial da Gente"
Os biscoitos acompanham a fé popular e também marcam presença nas saudações a São João, Santo Antonio e São Pedro.
No manuseio das farinhas de milho e polvilho, ao som encorpado de sanfonas e violas fandangueiras, danças sapateadas e de roda circundam fornos cheirosos de barro ardente como um anúncio dos festejos juninos. É época de brincar, acender fogueiras para espantar os maus espíritos e fazer simpatias.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
"Arraial da gente" continuação
Foto digitalizada por Roque Costa
Fonte: Arraial da Gente
A fala atravessada e rápida de seus homens lembra o canto dos sulistas que no século XVII, por aqui passaram conduzindo os rebanhos de gado grosso em direção a Sorocaba, mercado de compra e venda. nessas sucessivas idas e vindas, a mãos precisas dos violeiros matutos foram se tornando mais ligeiras, e os pés calejados de seus acompanhantes mais ritmados, graças ao andamento do marcado vivo marcado com tamancos entalhados, um a um, após dias de trabalho na lavoura.
A “casa grande” do bairro Ribeirão dos Cruzes traz uma lembrança viva, do ressoar dos tamancos vorazes anunciando, sob o comando enérgico do saudoso “seu Edwirges” que vai ter fandango dos bons. Nas rodas de dança, alguns mais novos se despontam na tentativa de aprender os valores de um passado recente. Mas é dos mais velhos a alegria suprema de ver algo tão forte da cultura local resistir á severidade do tempo.
Continua...
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Arraial da Gente
Foto digitalizada por José Roque
Fonte: Revista Arraial da Gente
Hoje vou relatar um pequeno resumo de um documentário, mas de grande valor a nossa cidade.
Esse documentário se chama “Arraial da Gente” Ribeirão Grande “ Tradição e Arte ”.
Edição de 23 e 30 de junho de 2001- SESC São Paulo.
"E aqui vai nosso agradecimento ao Toninho Macedo, já considerado um cidadão Ribeirão Grandense".
Pipoca, canjica, fogueira, quadrilha... Em todos os cantos pessoas se reúnem para brincar, comer e cair no arrasta-pé desenfreado das noites iluminadas de junho. O SESC Santo Amaro abre-se as portas á comunidades numa espécie de reunião alegre, Porém trás um diferencial: A Festa Junina “Arraial da Gente” o de dar luz a determinados cantos da cultura popular por meio dos seus próprios personagens e suas histórias. Não com os olhos estáticos no passado, mas com a consciências das mudanças impostas pelas continuas influências culturais, marca indelével do mundo globalizado. Enfim o convite é para mergulhar no universo da cultura regional muito bem representada pela Cidade de Ribeirão Grande.
Encravada em meio a imensa fonte de bens naturais do Vale do Alto do Paranapanema, da rodovia SP 181 avista-se a sua pracinha central, acolhida do padroeiro Bom Jesus do Iguape, é um aglomerado de ruas, nessa passarelas de pedra e terra batida circulam os moradores, ainda ao compasso dos pequenos vilarejos onde a lentidão cotidiana sugere aos seus um bailado natural, marca daqueles que, longe da correria dos grandes centros, lançam constantemente o olhar sobre si mesmo e sobre os outros. Por entre as suas ruas corre o Ribeirão, cuja estreiteza das águas, diferentemente do fluxo que possuía em época mais remotas -que lhe valeu o nome-hoje assemelha-o mais a um riacho.
Continua...
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Resumo do historico de Ribeirão Grande
O território de Ribeirão Grande recebeu influência da região de Botucatu,
que fora marcada pela presença de tropeiros e pelo trabalho jesuítico no século XVIII.
Freguesia do município de Botucatu desde 27 de março de 1889, com o nome de bom Jesus de Ribeirão Grande, em 5 de agosto de 1910 o então distrito foi extinto, e incorporado ao de Espírito Santo do Rio Pardo, também pertencente a botucatu.
Em 28 de Fevereiro de 1964, quando foi criado novamente o distrito, recebeu sua denominação atual. Sua sede era no povoado de mesmo nome, e pertencia a ao Município de Capão Bonito.
Sua área passou a ser, então, constituída por dois núcleos que haviam pertencido a CAPÂO Bonito: Freguesia Velha e Ribeirão dos Cruzes. Obteve autonomia municipal em 30 de Dezembro de 1991.
fonte: http://www.seade.gov.br/produtos/perfil/perfil.php
que fora marcada pela presença de tropeiros e pelo trabalho jesuítico no século XVIII.
Freguesia do município de Botucatu desde 27 de março de 1889, com o nome de bom Jesus de Ribeirão Grande, em 5 de agosto de 1910 o então distrito foi extinto, e incorporado ao de Espírito Santo do Rio Pardo, também pertencente a botucatu.
Em 28 de Fevereiro de 1964, quando foi criado novamente o distrito, recebeu sua denominação atual. Sua sede era no povoado de mesmo nome, e pertencia a ao Município de Capão Bonito.
Sua área passou a ser, então, constituída por dois núcleos que haviam pertencido a CAPÂO Bonito: Freguesia Velha e Ribeirão dos Cruzes. Obteve autonomia municipal em 30 de Dezembro de 1991.
fonte: http://www.seade.gov.br/produtos/perfil/perfil.php
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