quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Parque Estadual Intervales - História

Parque Estadual Intervales - História

Falar na história de Intervales é falar da região na qual o parque está inserido, no cruzamento entre três culturas: a do índio, a do europeu e a do africano.
Muito antes da chegada dos europeus, populações autóctones cruzavam as serras do litoral para o sertão e vice-versa, desenhando trilhas por sobre a floresta.

Como a transmissão da história das populações indígenas está baseada na tradição oral, o extermínio do autóctone restringiu a sua história às possibilidades de tradução e interpretação de vestígios arqueológicos ou ao relato de jesuítas, viajantes e bandeirantes após o Contato.Estes, reordenaram o mundo e a linguagem do índio, como ocorreu com a língua tupi-guarani.

Jesuítas espanhóis, utilizando-se dos itinerários indígenas, chegaram até o Vale do Paranapanema, onde fundaram as primeiras missões. Do outro lado da serra, no Vale do Ribeira, lavrava-se ouro de aluvião.
As freqüentes incursões bandeirantes às reduções jesuítas foram responsáveis pela transferência de muitos desses aldeamentos para a província argentina de Missões, entre o alto curso do rio Paraná e o alto curso do Paraguai. No Vale do Ribeira, a atividade mineradora existente, desde a segunda metade do século XVI, baseava-se na exploração da mão-de-obra escrava e foi praticada quase sem o controle metropolitano até 1702, quando do Regimento das Minas, o qual obrigava a comunicação da descoberta e da exploração da lavra às autoridades coloniais.

A fiscalização metropolitana, a decadência do ouro aluvional no Vale do Ribeira e o advento das minas de ouro e diamantes em Goiás, Mato Grosso e, principalmente, em Minas Gerais, pressionou proprietários de lavras e de escravos a mudarem-se para outras regiões, deixando para trás parte de sua escravaria, como escravos fugitivos, os quais não puderam ser capturados, e alguns alforriados.
Nesse contexto estão as comunidades remanescentes de quilombos das áreas do entorno de Intervales. Um exemplo é a organizada comunidade de Ivaporunduva, a qual possui como testemunho de seu passado a capela de N. Sra do Rosário, construída por escravos, em 1791, e os cemitérios escondidos no coração da mata.
Na Segunda metade do século XX, a Companhia do Incremento Rural do Altiplano Paulista - CIRAP instalou-se em plena serra de Paranapiacaba, para a implantação de um projeto agropecuário que não foi bem sucedido, perdendo suas terras para o Banco do Estado de São Paulo, BANESPA.

Visando o aproveitamento econômico da área, a instituição implementou obras de infra-estrutura como a construção de estradas, de uma pequena vila com saneamento básico (o espaço da atual Sede) e de bases de vigilância.
Foi instalada na região da Sede, uma fábrica de beneficiamento de palmito, cujas instalações, hoje, estão transformadas em oficinas mecânica, de carpintaria e almoxarifado. Apesar de existirem recursos minerais, o aproveitamento destes foi inexpressivo. Na década de 80, com a decretação da Área de Proteção Ambiental da Serra do Mar, a Fazenda Intervales foi a ela incorporada, passando para a administração da Fundação Florestal, em 1987. Em 1995, nascia juridicamente o Parque Estadual Intervales.
Parque Estadual Intervales - Ecoturismo

Esta reserva está estruturada para atividade ecoturística, com pousadas, trilhas, monitores ambientais, restaurante, segurança, museu e atividades. Tudo está planejado de acordo com um plano de gestão que respeita a fragilidade da Mata Atlântica.
Os passeios só podem ser feitos com acompanhamento dos monitores do Parque, com exceção da trilha autoguiada.
Parque Estadual Intervales - Atrativos
O Parque é composto por divesas cavernas de diferentes níveis de difivuldade cada qual com a sua beleza própria, onde os alunos podem ver, ouvir e sentir o clima frio e sombrio, mas sempre com total segurança.
Além das cavernas, o Intervales oferece maravilhosas cahcoeiras, onde os alunos podem se refrescar durante o seu percurso.
Intervales oferece 22 tipos de atrativos ao seu público entre trilhas cavernas e cachoeiras.
Parque Estadual Intervales - Ecossistema
Intervales representa uma das área mais significativas dos remanescentes florestais do Estado de São Paulo, pelo seu ótimo estado de conservação e por abrigar inúmeras espécies vegetais. Genericamente, a cobertura vegetal é a Mata Atlântica, que possui mais de 50% de suas árvores endêmicas (que só ocorrem neste ambiente), o que a transforma na floresta de maior biodiversidade do globo, inclusive maior que a da Amazônia. Esta diversidade se deve à combinação de fatores como relevo, influências de massas de ar continentais e oceânicas, temperatura e chuvas.
Parque Estadual Intervales - Geografia
O PE Intervales abrange áreas desde o alto da Serra de Paranapiacaba, ao sul do Estado de São Paulo, até as baixadas do Vale do rio Ribeira de Iguape.
A área total do Parque, 42 mil hectares, estende-se sobre parte dos municípios de Ribeirão Grande, Eldorado, Guapiara, Iporanga e Sete Barras.
A Serra do Paranapiacaba é o divisor de águas entre a Bacia Hidrográfica do rio Ribeira de Iguape, cujos rios seguem em direção ao Oceano Atlântico, ainda em São Paulo, e a Bacia Hidrográfica do rio Paranapanema, cujas águas correm em direção à Bacia do Prata, sendo o rio Paranapanema afluente do rio Paraná.

O paredão serrano, representado pelas serras do Mar e do Paranapiacaba, funciona como uma barreira ao avanço das massas de ar provenientes do oceano e do sul do continente, as quais empurram as nuvens para o alto das serras, onde a temperatura é mais baixa. A altitude do Parque varia de 60 a 1.095 metros. Este fator, combinado com a elevada umidade, possibilita uma diversidade paisagística, faunística e florística.
O clima predominante é o subtropical de altitude sem estação seca (Ctb, segundo Koepper). A temperatura média anual para a área da Sede do Parque varia entre 17°C e 19°C.

Mais informação na Fonte:
http://www.maiseventos.com.br/Projetos/Intervales/Intervales.htm

Um comentário:

DISSE ME DISSE disse...

Fiquei encantada ao relembrar Ribeirão Grande.Morei lá na década de 70(1978/1979)amaaaaaaaaaaaaaaaava.
Lembro da igreja(havia missa apenas uma vez por mês)a escola onde estudei(Escola Oscar Kurts Camargo)os colegas de turma(Dulcinéia de Proença,Wanderlei,Odilon,
Renó,Régia e outros que não lembro o nome, mas tenho a imagem na memória.Lembro de Claudinéia e outras Claudias,também lembro algo que me chamava bastante atenção: o dono do açougue era primo do dono da padaria que era irmão do dono da merciaria que era primo ...Fantástico!!! Na época em que morei aí Ribeirão Grande ainda era distrito de Capão Bonito.Morávamos próximo ao ribeirão,lá aprendi a nadar,Costumávamos subir um morro e lá de cima ficávamos a observar a cidade, o cemitério ficava bem lá no alto e havia uma estrada asfaltada que dava acesso à fábrica de cimento.A minha turma era de 8ª série(hoje 9º ano)Também lembro dos professores que vinham de Sorocaba de Itapetininga ou de capão Bonito.Prof. Ivan(Matemática)adorava sortear umas caixinhas,Profª Lícia(Português)Profª Ângela (ciências).Lembro de Acácio e seu sotaque quando ia comprar pão(1 real)rrrrrrrrrrrrrrrrr(na época não era real)Ele tinha uma irmã que se chamava Claldinéia?Lembro de Célio um rapaz que tinha um bar e de seu Silvio um senhor que tinha um sítio.Tenho muitas lembranças saudáveis e lindas de quando morei em Ribeirão Grande.Os banhos no ribeirão,o percurso até a escola,o frio, a geada, o rojão, o leitão e também o quentão e o povo acolhedor.Também morei em Capão Bonito,Guarulhos e atualmente moro em Natal (Rio Gande do Norte)minha terra querida.Sou pedagoga,casei e tenho dois filhos , um rapaz(Aden) e uma linda moça(Havana).Ás vezes sonho que estou em Ribeirão Grande.Parabéns pela emancipação e também por divulgar seu município mostrando suas belezas que posso confirmar são belíssimas.
Carinhosamente,Graças Silvestre.